Manaus – O deputado estadual Ednailson Rozenha, representante do Amazonas pela Assembleia Legislativa (Aleam), está no centro de uma polêmica envolvendo salários astronômicos e acúmulo de funções públicas e privadas. Além do salário de R$ 46.366,20 como parlamentar, Rozenha também preside a Federação Amazonense de Futebol (FAF), onde recebe R$ 215 mil mensais repassados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Somando os dois valores fixos, o deputado embolsa R$ 261.366,20 todo mês — sem contar os lucros de sua rede de lojas “Sapatinho de Luxo”.
A denúncia foi revelada em uma reportagem da Revista Piauí, publicada nesta sexta-feira (4), que escancarou os altos salários pagos aos presidentes das federações estaduais de futebol. De acordo com a matéria, desde que Ednaldo Rodrigues assumiu o comando da CBF, os salários dessas lideranças saltaram de R$ 50 mil, valor praticado até 2021, para os atuais R$ 215 mil. Além disso, o cargo oferece um “décimo sexto salário”, um bônus que levanta ainda mais questionamentos sobre os privilégios da elite do futebol brasileiro.
Rozenha, que também foi vereador de Manaus e presidente do Fast Clube, conquistou uma cadeira na Aleam em 2022 pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). No mesmo ano, assumiu a presidência da FAF, o que facilitou seu caminho até o cargo de vice-presidente da CBF. Hoje, ele acumula poder político, esportivo e empresarial — um cenário que levanta dúvidas sobre sua capacidade de dedicação a cada uma dessas atividades e os reais benefícios disso para o esporte amazonense.