Sete animais silvestres são resgatados de exploração turística ilegal em Iranduba

Sete animais silvestres foram resgatados de uma situação de maus-tratos e exploração turística ilegal no município de Iranduba (AM), durante a Operação Anhanguá, realizada pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), com o apoio da Core-AM e da Delegacia Fluvial (Deflu).

Durante a operação, a polícia prendeu Bruno Barata, de 22 anos, e apreendeu três adolescentes. Todos são suspeitos de envolvimento em uma rede criminosa que lucrava com a exposição e o sofrimento de animais silvestres em atividades turísticas. Os crimes atribuídos incluem maus-tratos, guarda ilegal de animais e associação criminosa.

 

No total, foram resgatadas três preguiças, duas macacas, uma arara e uma cobra. De acordo com laudo veterinário, todos os animais estavam desnutridos, desidratados e apresentavam sinais evidentes de maus-tratos. A cobra, inclusive, estava com dois abscessos.

Segundo a delegada titular da Dema, uma equipe policial infiltrada foi enviada previamente para investigar o esquema. “Conseguimos identificar os suspeitos porque os pagamentos para tirar fotos com os animais eram feitos via PIX. A partir desse levantamento, organizamos a operação”, explicou.

Com o Cetas do Ibama em reforma, a operação contou com o apoio de uma entidade parceira que abriga os animais nas instalações do antigo zoológico do Hotel Tropical, oferecendo um ambiente mais natural e acompanhamento profissional até a reabilitação completa.

Ainda não há definição sobre o destino final dos animais, mas a Comissão de Proteção aos Animais ficará responsável por esse processo. Já Bruno Barata responderá pelos crimes e passará por audiência de custódia. Os adolescentes apreendidos também responderão por atos infracionais e permanecerão à disposição da Justiça.

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