Moradores do Centro Histórico de Manaus repudiam prisão de guarda civil

Moradores do Centro Histórico de Manaus emitiram uma nota de repúdio contra a prisão do guarda civil Francisco das Chagas Eugênio de Araújo. Segundo a comunidade, apesar de não apoiarem atos que estejam fora da lei, consideram injusta a forma como o agente foi tratado, ressaltando que ele era um dos poucos que ainda tentavam proteger a população local.

Nota de repúdio

De acordo com os moradores, o Centro Histórico enfrenta diariamente um cenário de abandono e insegurança, agravado pela presença de invasores que saqueiam prédios públicos abandonados, como o antigo prédio da Assembleia e o antigo BASA. Eles relatam que os guardas municipais, mesmo recebendo salários modestos, arriscam suas vidas para oferecer um mínimo de segurança a quem ainda vive e trabalha na região.

“O que poucos enxergam é o inferno que passamos aqui. Só quem mora no Centro Histórico sabe. Roubo de casas, saque a empresas, ataques a quem frequenta o Mirante, e ninguém aparece para nos defender. Os guardas, mesmo com todas as dificuldades, estavam ao nosso lado”, afirma a nota.

Os moradores ainda reforçam que os valores estão invertidos: “Soltam os ladrões e prendem quem nos defende. Reconhecemos que atos fora da lei devem ser punidos, mas também é preciso valorizar o trabalho e o respeito que muitos guardas civis têm pela nossa comunidade.”

Eles cobram das autoridades maior atenção ao Centro Histórico de Manaus e criticam a ausência de políticas públicas eficazes para garantir a segurança e a preservação do patrimônio histórico da cidade.

O caso gerou grande repercussão entre os residentes e comerciantes locais, que prometem continuar se mobilizando em defesa dos profissionais que ainda se arriscam pela comunidade.

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