Mudança no Bolsa Família pode afetar milhões de brasileiros a partir de julho; entenda as novas regras

Brasil – O Governo Federal alterou as regras do Bolsa Família e as mudanças começaram a valer oficialmente no dia 1º de junho, mas seus efeitos práticos serão sentidos na folha de pagamento de julho, que corresponde aos valores referentes ao mês de junho. A principal mudança está na regra de proteção, mecanismo que permite que famílias que melhoram um pouco de renda continuem, por um tempo, recebendo parte do benefício.

Com a nova regra, cerca de 3 milhões de beneficiários podem ser afetados em todo o país.

O que mudou?

Antes, famílias que ultrapassavam o limite de renda exigido para o Bolsa Família (R$ 218 por pessoa) podiam continuar recebendo metade do valor do benefício por até 24 meses. Agora, esse tempo foi reduzido para apenas 12 meses — e, em alguns casos, até 2 meses, dependendo do perfil da família.

Além disso, o limite de renda por pessoa para entrar na regra de proteção também foi reduzido: passou de R$ 759 para R$ 706, seguindo a nova base do salário mínimo atualizada.

👥 Quem será afetado com a mudança?

A nova regra cria três grupos distintos:

🔹 Público 1 – Famílias que já estavam na regra de proteção até junho de 2025 continuam com os critérios antigos: renda de até R$ 759 por pessoa e permanência de até 24 meses no programa.

🔹 Público 2 – Famílias que entram no programa a partir de julho, sem renda estável (como aposentadoria, pensão ou BPC). Precisam ter renda de até R$ 706 por pessoa e poderão permanecer na regra de proteção por até 12 meses.

🔹 Público 3 – Famílias que entram na regra de proteção a partir de julho, com integrantes com renda estável (aposentadoria, pensão, BPC, etc.). Também com limite de R$ 706 por pessoa, mas com permanência reduzida a apenas 2 meses.

 

⚠️ Fique atento!

As mudanças visam evitar fraudes e tornar o programa mais direcionado a quem realmente precisa, mas especialistas alertam para o risco de exclusão de famílias em situação vulnerável que têm pequenas fontes de renda.

Os pagamentos feitos em junho ainda seguem as regras antigas. A mudança só passa a valer, de fato, na folha de pagamento de julho.

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