Vereador Rosinaldo Bual é preso em operação do MP-AM por suspeita de “rachadinha” e associação ao tráfico
Manaus, 3 de outubro de 2025 – O vereador Rosinaldo Bual (partido Agir) foi preso na manhã desta sexta-feira em uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), sob suspeitas de envolvimento em esquema de “rachadinha” e associação ao tráfico de drogas.
Operação e prisões
A ação é conduzida pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP focado em crimes estruturados. Estão sendo cumpridos mais de 10 mandados de prisão e de busca e apreensão, distribuídos em diversos locais, inclusive no gabinete do parlamentar. Dois assessores do vereador também foram detidos na operação.
O MP-AM convocou coletiva de imprensa para o início do dia para explicar os detalhes da investigação e das provas que embasaram a ação.
Acusações e esquema investigado
O principal foco da investigação é a acusação de rachadinha, esquema pelo qual colaboradores ou assessores teriam sido obrigados a devolver parte de seus salários ao parlamentar ou à estrutura política dele. Também consta nas denúncias suspeita de associação ao tráfico de drogas.
Segundo relatos da imprensa local, o esquema está sendo visto como parte de uma “organização criminosa” que teria atuação interna na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Histórico do vereador e casos anteriores
Rosinaldo Bual não é estranho a polêmicas. Em abril de 2025, um episódio chamou bastante atenção: foi registrada a ocorrência de furto de R$ 130 mil em espécie e quatro armas de fogo na residência do parlamentar. O principal suspeito do crime foi um “afilhado” e assessor seu, identificado como Gabriel Ferreira Barbosa. A polícia apontou que ele teria invadido a casa e subtraído os valores, além das armas.
Esse antecedente se soma às investigações recentes e pode compor o conjunto probatório em curso.
Rosinaldo Bual foi eleito vereador em Manaus e ocupava cargo público relevante na Câmara Municipal, com projetos e articulações políticas. Ele também vinha articulando uma possível candidatura ao deputado estadual nas eleições de 2026, mas com a prisão, esse plano pode sofrer grandes impactos.
Repercussão e próximos passos
A prisão de um vereador no exercício do mandato naturalmente gera repercussão política e institucional. A Câmara Municipal de Manaus poderá tomar medidas disciplinares internas, dependendo do andamento do processo e das provas apresentadas.
O MP-AM valoriza o cumprimento estrito do devido processo legal. Caso haja denúncias formalizadas, caberá ao Judiciário decidir sobre prisões preventivas, medidas cautelares e eventual perda de mandato, se for o caso. Também será importante verificar se há afastamento do vereador enquanto perdurar a investigação.
A coletiva marcada pelo órgão ministerial deve trazer mais detalhes sobre as provas, o andamento das buscas e prisões, além dos indícios que levaram à decisão da operação.








