Economia do Amazonas: entre a força do extrativismo e a inovação da Zona Franca de Manaus

A economia do Amazonas se destaca por sua rica diversidade e forte conexão com os recursos naturais. Apesar de abrigar um dos polos industriais mais importantes do país, a Zona Franca de Manaus, é o setor primário que ainda lidera a base econômica do estado, refletindo a íntima relação da região com a floresta, os rios e suas riquezas.

As atividades extrativistas — vegetal, mineral e animal — seguem como as principais fontes de renda em boa parte do território amazonense. Na extração mineral, o calcário e o estanho são os principais produtos. Já na extração vegetal, destacam-se a madeira, a coleta da castanha-do-pará, frutas regionais, borracha e outros produtos nativos. A pesca também representa uma atividade vital para milhares de famílias, compondo a extração animal.

Na capital, Manaus, está concentrado o maior centro industrial do estado: a Zona Franca. Criada para impulsionar o desenvolvimento regional, ela é responsável por uma parte significativa da economia amazonense. Ali são fabricados produtos de alta tecnologia, como telefones celulares, eletroeletrônicos, motocicletas e até alimentos processados.

Apesar de menor em proporção, a agricultura também tem seu espaço no interior do estado, com destaque para o cultivo de arroz, banana, laranja e mandioca — produtos que compõem a base alimentar da população.

Outro segmento que vem ganhando força é o turismo, especialmente o ecoturismo. O Amazonas é um dos poucos lugares do mundo com vastas áreas preservadas da floresta amazônica, atraindo visitantes do Brasil e do exterior. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ecoturismo cresce cerca de 6% ao ano, impulsionando a geração de emprego e renda em comunidades ribeirinhas e indígenas.

Números da economia amazonense:

Participação no PIB nacional: 2,0%

Composição do PIB estadual:

Agropecuária: 3,6%

Indústria: 69,9%

Serviços: 26,5%

 

Exportações:

Volume total: US$ 2,1 bilhões

Telefones e celulares: 48,7%

Eletroeletrônicos: 19,5%

Extrato para bebidas: 8,3%

Motocicletas e peças: 7,7%

Máquinas copiadoras e acessórios: 3,6%

 

A economia do Amazonas mostra como é possível combinar tradição e modernidade, natureza e tecnologia, num estado onde o extrativismo ainda pulsa forte, mas que também é referência em inovação industrial.

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