A transparência nos gastos públicos é essencial para manter a confiança da população, e na Câmara Municipal de Manaus, alguns vereadores chamam atenção pelo uso intenso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), conhecida como “Cotão”. Em apenas dois meses, dois parlamentares do Avante quase esgotaram todo o valor disponível, levantando questionamentos sobre a gestão dos recursos.
Os “gastões” da Câmara
Os vereadores Gilmar Nascimento (Avante) e David Reis (Avante), que também preside a Casa, lideram o ranking dos que mais consumiram a CEAP no primeiro bimestre de 2024.
– Gilmar Nascimento gastou R$ 66.171,00, deixando apenas R$ 0,70 do valor total disponível.
– David Reis utilizou R$ 66.025,85, sobrando apenas R$ 145,85.
Além deles, outros três vereadores aparecem entre os maiores gastadores:
– Yomara Lins (Podemos) – R$ 66.000,00
– Luís Mitoso (MDB) – R$ 65.980,00
– Rosivaldo Cordovil (PSDB) – R$ 65.920,35
Vale lembrar que cada parlamentar tem direito a R$ 33 mil mensais do Cotão, destinado a cobrir despesas como combustível, internet, telefone e outros custos do mandato.
Economia também tem destaque
Enquanto alguns gastaram quase tudo, outros optaram por uma gestão mais enxuta dos recursos públicos. O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) foi o que menos utilizou a cota, consumindo apenas 27% do valor disponível (R$ 17.899,40).
Confira os cinco que mais economizaram:
1. Rodrigo Guedes (Progressistas) – R$ 17.899,40 (27%)
2. Eurico Tavares (PSD) – R$ 23.000,00 (35%)
3. Ivo Santos (PMB) – R$ 26.500,00 (40%)
4. João Paulo Fonseca (Agir) – R$ 30.500,00 (45%)
5. Saimon Bessa (União Brasil) – R$ 35.001,56 (53%)
Essa diferença expressiva no uso da verba pública pode refletir tanto uma postura mais fiscalizadora quanto estratégias distintas de atuação política. Enquanto alguns priorizam investimentos em estrutura e divulgação, outros optam por reduzir custos.
Transparência é fundamental
Os dados estão disponíveis no site da Câmara Municipal de Manaus, seguindo a legislação de acesso à informação. A população pode e deve acompanhar como os recursos estão sendo utilizados, cobrando dos representantes um uso responsável do dinheiro público.