Depois de mais de 15 anos aguardando julgamento por um crime que não cometeu, um homem foi finalmente absolvido pela Justiça do Amazonas. Acusado de homicídio qualificado ocorrido em dezembro de 2010, ele foi inocentado após o Tribunal do Júri reconhecer que a denúncia foi baseada em um erro de identidade: ele possuía características físicas e apelido semelhantes aos do verdadeiro autor do crime.
A absolvição ocorreu no último dia 14 de abril, graças à atuação da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), que assumiu o caso em 2016, após o réu ter sido inicialmente defendido por um advogado particular.
Segundo o defensor público Thiago Cordeiro, responsável pelo caso, a acusação se baseava apenas em um reconhecimento fotográfico feito de forma irregular e sem testemunhas oculares que confirmassem a autoria. “Foi importante o reconhecimento da tese de defesa, uma vez que há mais de 15 anos o réu vivia nesse impasse e, conforme foi comprovado, ele não foi o autor do crime”, afirmou.
A decisão foi clara: não havia provas suficientes para sustentar a culpa do acusado. Com isso, os jurados acolheram a tese de negativa de autoria apresentada pela defesa, levando à absolvição definitiva, sem possibilidade de recurso.