Um caso chocante de violência sexual contra uma criança de apenas 7 anos mobilizou as autoridades de Juruá, município localizado a 674 km de Manaus. Na última quinta-feira (03/04), a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária contra um homem de 30 anos, acusado de estupro de vulnerável, e contra a mãe da vítima, de 26 anos, por omissão e falso testemunho.
Como o Crime Veio à Tona
Tudo começou no dia 17 de março, quando a criança foi levada a um hospital da região com queixas de dores abdominais e febre. Durante o atendimento, a equipe médica realizou exames e, após uma avaliação ginecológica, confirmou que a menina havia sofrido abuso sexual.
Segundo o delegado Bruno Rafael Nunes, da 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), a mãe demonstrou inquietação durante os procedimentos médicos, levantando suspeitas. Ainda no hospital, foi realizada uma “escuta especializada” com a criança, que relatou os fatos de forma hesitante e chegou a pedir para que o padrasto não fosse preso.
A Revelação da Verdade
Três dias depois, em uma nova escuta, a menina revelou que a mãe a havia obrigado a mentir, ameaçando que o padrasto seria preso caso ela contasse a verdade. Com essas informações, a polícia conseguiu embasar a prisão temporária do casal.
O padrasto foi preso como autor do crime de estupro de vulnerável, enquanto a mãe foi detida por “omissão e falso testemunho”. A prisão ocorreu no bairro Tancredo Neves, em Juruá, e as investigações continuam para apurar a participação de cada um nos crimes.
Justiça em Andamento
Os dois estão agora à disposição da Justiça, aguardando as próximas etapas do processo. O caso reforça a importância da “rede de proteção à criança e ao adolescente”, que atuou de forma decisiva para garantir a segurança da vítima e a responsabilização dos acusados.