Manaus, 28 de abril de 2025 – Um comunicado atribuído à facção criminosa Comando Vermelho – RL Amazonas (CV-RL-AM) foi amplamente divulgado em grupos de WhatsApp na noite de domingo (27), informando o rompimento da aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado.
A mensagem afirma que a decisão é tomada “sem covardia” e “sem derramamento de sangue”, e orienta os integrantes a se manterem atentos e alinhados com o chamado “Conselho Permanente”, considerado a “voz final do Amazonas”.
A facção também sinaliza abertura para receber desertores do PCC, exceto indivíduos ligados a nomes como Coquinho, Rony, Neyzinho, DD, Bebê e Anjinho, com quem o CV afirma não desejar qualquer tipo de “ideia, acordo ou negócio”.
Esse rompimento ocorre após um acordo nacional de paz e trégua entre organizações criminosas, que vinha beneficiando o Amazonas com um efeito cascata. Durante esse período, o estado registrou uma redução significativa nos índices de homicídio, cenário que vinha sendo atribuído pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) ao trabalho ostensivo das forças de segurança.
O próprio secretário de Segurança, Vinícius Almeida, vinha recebendo mérito público e reconhecimento por essa queda nos números. No entanto, especialistas e fontes do setor indicam que a calmaria estava diretamente relacionada ao pacto firmado entre as facções.
Com a quebra dessa aliança, o clima de guerra tende a voltar, principalmente nas áreas mais vulneráveis de Manaus e do interior. A expectativa é de que os confrontos entre criminosos voltem a se intensificar, o que pode resultar em um novo aumento nos homicídios e na insegurança da população.
