Um caso revoltante de trabalho análogo à escravidão chocou os moradores de Manacapuru, no interior do Amazonas. A Polícia Civil prendeu em flagrante Matheus Santos da Silva, de 37 anos, acusado de manter um casal de jovens — ele com 18 anos e ela com apenas 17 — e a filha do casal, um bebê de 11 meses, em condições degradantes em seu sítio.
De acordo com o delegado John Castilho, responsável pela investigação, o casal foi recrutado com a promessa de um salário diário de R$ 50, além de moradia e alimentação, para realizar serviços domésticos e atividades na roça. No entanto, a realidade que encontraram foi bem diferente.
Promessas falsas e dívida impagável
Após alguns dias de trabalho, Matheus deixou de pagar os jovens e passou a cobrar por alimentação e despesas básicas, criando uma dívida que o casal não tinha como quitar. Quando tentaram ir embora, foram impedidos pelo homem, que exigia o pagamento da dívida antes da saída. Sem opções, foram forçados a permanecer no local, trabalhando sem qualquer remuneração, em uma situação extremamente precária.
A adolescente conseguiu, depois de dias de sofrimento, entrar em contato com a mãe, que imediatamente procurou a Delegacia Interativa de Polícia de Manacapuru. A ação rápida da Polícia Civil permitiu o resgate do casal e do bebê.
Prisão e investigação
Matheus Santos da Silva foi preso em flagrante por submeter as vítimas a condições análogas à escravidão. Ele está à disposição da Justiça e deve responder por crimes graves previstos no Código Penal Brasileiro. O caso segue sob investigação.
Trabalho escravo ainda é realidade no Brasil
Infelizmente, situações como essa ainda ocorrem em muitas regiões do país. O caso de Manacapuru é um alerta para que a sociedade denuncie sempre que presenciar condições suspeitas de exploração de pessoas, especialmente em áreas rurais e isoladas.
